terça-feira, 19 de abril de 2016

Orçamento doméstico: como organizar suas receitas e despesas

Neste post vamos ajudá-lo(a) a elaborar seu orçamento doméstico.

O orçamento é uma ferramenta de planejamento financeiro, por meio dele é possível descobrir onde gastamos o dinheiro, como podemos reduzir gastos e estabelecer metas de poupança.

Para fazer o orçamento doméstico podemos utilizar desde um simples caderno para anotações até planilhas eletrônicas. 

O importante neste caso não é o material usado, mas sim que você se comprometa a fazer mensalmente seu orçamento.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgada em janeiro deste ano, quase 46% dos brasileiros não têm nenhum controle sistemático de suas finanças. 

Isso quer dizer que 4 em cada 10 brasileiros não sabem no que gastam seu salário!

Esse dado é preocupante, uma vez que quando não organizamos um orçamento, podemos facilmente gerar um descontrole financeiro, que por sua vez pode culminar em dívidas.

Se você faz parte do grupo privilegiado que faz orçamento doméstico, parabéns! Continue lendo, informando-se, para se aproximar cada vez mais da independência financeira.

Porém, se você ainda não tem um orçamento, está na hora de começar a planejar suas finanças! Para impedir que você fique endividado(a), ou caso isso já tenha acontecido, para que você possa quitar suas dívidas e reestabelecer seu crédito.

As regras fundamentais para uma vida financeira saudável podem ser assim resumidas:

·      Gaste menos do que você ganha;
·      Poupe uma parte do seu salário;

O orçamento é essencial para que você alcance seus objetivos financeiros

Por exemplo, se você deseja comprar um automóvel, mas não dispõe do dinheiro para a aquisição, com o orçamento será possível estabelecer um valor mensal que será poupado para realizar seu desejo, sem comprometer sua saúde financeira. 

Poupar significa deixar de gastar um dinheiro hoje para desfrutá-lo no futuro.
Investir tem o objetivo de fazer com que o dinheiro poupado aumente sem que você precise trabalhar, por meio do recebimento de juros, por exemplo.

Ter planejamento financeiro não significa ser pão-duro, ser aquela pessoa que não aproveita a vida...

Pelo contrário, quem é organizado financeiramente pode gastar o dinheiro sem culpa (pois sabe que o gasto está dentro do orçamento), pode alcançar seus objetivos mais rapidamente!

Vamos agora apresentar algumas dicas simples para elaborar seu orçamento.

Primeiramente, é preciso separar suas receitas (ativos) e suas despesas (passivos).

De modo simples (como explica Robert Kiyosaki no livro “Pai rico, pai pobre”):

RECEITAS/ATIVOS: é todo dinheiro que entra no seu bolso;

DESPESAS/PASSIVOS: é todo dinheiro que sai do seu bolso;

Suas receitas são seu salário, o rendimento (juros) de suas aplicações, o rendimento (aluguel) que você recebe por um imóvel alugado etc.

Suas despesas são seus gastos com aluguel (da sua casa e/ou da sua empresa), alimentação, energia, água, telefone, internet, transporte etc. 

É importante que você não deixe de anotar no orçamento as despesas aparentemente pequenas, tais como aquele cafezinho depois do almoço, uma compra na padaria etc. 

Muitas vezes as pessoas não têm ideia de quanto dinheiro é gasto com as “pequenas despesas”. A pessoa até tem o orçamento organizado, mas se contar apenas as “despesas grandes”, pode acabar ficando no vermelho.

A tabela a seguir é um exemplo de orçamento:

RECEITAS
DESPESAS
Salário: R$ 2000,00

Aluguel: R$ 700,00
Alimentação: R$ 800,00
Água/luz/internet: R$ 200,00
Transporte: R$ 150,00
Telefone: R$ 50,00
Lazer: R$ 50,00
Poupança: R$ 40,00
Saldo:
R$ 10,00

Observe que inserimos no orçamento um valor a ser poupado. O valor da poupança depende da sua situação financeira: se está endividado(a), primeiro pague suas dívidas; se gostaria de poupar, mas nunca consegue fazer sobrar nada no final do mês, analise os gastos que podem ser cortados e comece a poupar agora! 

O valor que você poupará mensalmente também deve estar em acordo com os seus objetivos financeiros. Por exemplo, se você deseja viajar para a praia e isso terá um custo de R$ 2.000 e ainda tem 10 meses até sua viagem, precisará poupar R$ 200 por mês para atingir seu objetivo.

Alguns economistas recomendam que você poupe por volta de 10% das suas receitas, ou seja, se você recebe R$ 1.200 por mês, deveria poupar R$ 120.

Para que você mude sua relação com o dinheiro e consiga poupar algum valor mensalmente, pode seguir a sugestão do Robert Kiyosaki: Pague-se primeiro!

O que isso quer dizer? Significa que você deve estabelecer um valor mensal a ser poupado e no primeiro dia em que receber seu salário, deve guardar esse dinheiro (aplicando no Tesouro Direto Selic, por exemplo) e aprender a viver com o restante de suas receitas.
Quando organizamos nosso orçamento, é importante também que tenhamos, além de uma planilha mensal, um orçamento anual, uma vez que algumas despesas (tais como IPTU, IPVA) são anuais e devem ser previstas no orçamento! 

Estabeleça objetivos e metas e organize seu orçamento para que você possa atingi-los.

Lembre-se de que não se faz orçamento para ser um chato pão-duro, mas sim para que seja possível gastar o dinheiro com as coisas/experiências/pessoas das quais gostamos!

Afinal, o objetivo de poupar dinheiro não é acumular moedas.  

Poupamos para usufruir, com tranquilidade e sem dívidas, daquilo que o dinheiro pode proporcionar: viagens, segurança, saúde, liberdade e também bens de consumo.

















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